Pensamos que ouvimos, pensamos que entendemos, pensamos que falamos, mas será mesmo?
Quantas vezes estamos em uma reunião com várias pessoas, cada uma falando de um assunto, cada uma falando de um tema. Maria pergunta uma coisa, João responde de um jeito, Pedro responde de outro. José acha que entendeu – pela introdução - o que Carlos vai falar, nem espera ele terminar sua explicação e já diz que não concorda. Após 5 minutos que o assunto encerrou, alguém pergunta sobre o que foi discutido como se fosse a primeira vez que se tocasse no assunto.
Onde estavam suas mentes? O que cada um entendeu do que foi dito? Como vão conduzir o dia a dia se não entendem o que se passou ali entre todos?
A confusão não ocorre somente quando estamos em uma sala com várias pessoas. Também por exemplo, quando estamos frente a frente com alguém que está dando seus preciosos 5 minutos para nos atender, porém pensando na próxima reunião que deve comparecer, na pilha de e-mails para responder, nas novas atividades que o gestor acabou de definir. Quando efetivamente esta pessoa parou para pensar, para analisar, para ouvir? Como teremos decisões corretas com atenção deficitária?
O que está se passando na cabeça destas pessoas?
Nossa mente possui muitos vícios e truques, um deles é querer pular rapidamente para as conclusões para seguir para o passo seguinte. Outro hábito é deduzir com base naquilo que já lhe aconteceu o que vai acontecer a seguir, no fundo estamos todos achando que tudo é igual, que tudo é uma repetição do passado. Com certeza muita coisa é repetição e afinal a experiência nos ajuda a avançar, contudo ela é base para evoluir, não para estagnar.
Pensamos muito mais rápido do que o outro consegue falar e como usamos o tempo extra? Para entender aquilo que estamos ouvindo ou para elaborar as respostas àquilo que não concordamos, deixando de ouvir? Nosso pensar está ancorado nas nossas experiências, educação, família, religião, grupo social, sendo que cada pessoa possui suas próprias referências e se assumimos que são as mesmas dos outros é bem provável que tenhamos problemas de comunicação com o entendimento, com o significado.
O que vemos e ouvimos está mais relacionado com o que buscamos e prestamos atenção. Não vemos aquilo que não buscamos e não ouvimos aquilo que não prestamos atenção.
Vamos ver alguns pontos da teoria sobre percepção para nos ajudar a entender este processo. Conforme Paul Robbins “Percepção pode ser definida como um mecanismo pelo qual indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais a fim de dar sentido ao seu ambiente. Entretanto o que alguém percebe pode ser substancialmente diferente da realidade objetiva e a interpretação é fortemente influenciada pelas características pessoais do individuo que o percebe“. As características pessoais que mais fortemente influenciam a percepção são: as motivações, os interesses, as experiências passadas e as expectativas.
Sabe-se que instintivamente usamos muitos atalhos no processo de ouvir, ou seja, técnicas individuais para facilitar o trabalho de perceber e interpretar os outros. Entre elas encontramos:
• Percepção Seletiva: Qualquer característica que faça uma pessoa, objeto ou evento sobressair, porque é impossível assimilarmos tudo que vemos; captamos apenas certos estímulos. Como não podemos captar tudo que vemos, pegamos uns pedacinhos aqui, outros ali, porém estes pedacinhos são escolhidos de acordo com nossos interesses, formação, experiência e atitudes. Desta forma podemos tirar conclusões não-garantidas de uma situação ambígua.
• Efeito de Halo: Impressão geral sobre um indivíduo com base em uma única característica, propagação de uma virtude ou defeito sobre o julgamento geral da pessoa.
• Efeito de Contraste: Não avaliamos uma pessoa isoladamente, estamos sempre fazendo comparações. Ex. fazer uma apresentação, depois de outra muito boa ou muito ruim, irá alterar a forma como a sua será vista. Se uma pessoa fala com entusiasmo tenderemos a olhar a informação dela com mais atenção do que outra pessoa falando mais serenamente.
• Projeção: Julgar os outros presumindo que eles são como nós. Tendência de atribuir as próprias características a outras pessoas. Neste caso tendemos a achar que as pessoas são mais homogêneas do que elas realmente são.
• Estereótipo: Julgar pessoas com base no grupo ao qual esta pessoa pertence. Expandir pré-conceitos (bons ou ruins) do grupo social, ético, cultural, comportamental, minorias...
Rafael Echeverria diz “não sabemos as coisas como as coisas são, somente sabemos como observamos ou como interpretamos. Vivemos num mundo interpretativo. Distintas emoções predispõe as pessoas a observar certos eventos e não outros, distintas competências fazem algumas pessoas observarem fatos que outros não são capazes de observar. O mundo que uma pessoa vê a sua frente é somente o mundo que observa e cada individuo é um observador diferente que observa mundos distintos. Não existe um só mundo, mas tantos quantos são os observadores. A forma como atuamos no mundo depende do observador particular que somos”.
A técnica de parafrasear, ou seja, após ouvirmos atentamente até o final o que foi dito, repetirmos com nossas palavras para confirmar a compreensão, ajuda a própria pessoa a perceber a multiplicidade de significados que podem ter suas palavras e realizar as correções necessárias.
Uma escuta efetiva significa ouvir o que o outro diz e o que ele não diz, observar seus gestos, tom de voz, expressão corporal, pausas, olhar. Significa perceber a coerência entre o que a boca fala e o que o corpo fala. Importante dar um tempo após o outro ter terminado de falar para que ele próprio ouça suas palavras. Quando estamos ouvindo precisamos cuidar para não ficarmos preparando a resposta e deixar de ouvir. Ouvir também com o coração e com a intuição, perceber as emoções que estão surgindo em si mesmo e saber separar o que é seu e o que é do outro.
Se tratarmos o ouvir e compreender, precisamos também cuidar do falar. Marshall B. Rosenberg ensina no seu livro “Comunicação Não Violenta”, que nossas palavras são reações repetitivas e automáticas e deveriam tornar-se respostas conscientes baseadas no que estamos percebendo, sentindo e desejando. Sua técnica ajuda a sair de uma postura de crítica para uma situação de necessidades.
O método ensinado por Marshall consiste em 4 passos : primeiramente observamos o que de fato está acontecendo em uma situação e que está afetando nosso bem estar ou trabalho; em seguida identificamos como nos sentimos ao observar aquela ação; o terceiro passo é reconhecer quais de nossas necessidades estão ligadas ao sentimentos que identificamos e o último componente do processo é efetuar um pedido específico e concreto. Desta forma estamos expressando e escutando as pessoas com mais consciência, nos conectando melhor uns aos outros, com mais respeito e empatia.
Sempre é bom ressaltar que cada pessoa tem uma experiência que conduz para aquilo que é o seu certo, a experiência de outra pessoa leva para o que é o certo dela. Pratique de falar de si, do que pensa, da sua experiência, não condicionando que ela é a única, lembrando que existem vários ângulos sobre um mesmo assunto. Acima de tudo, como diz Krishnamurti, lembrar sempre de falar o que é verdadeiro, amável e útil.
Fatima Patz
Companhia do Coaching
fatima.patz@uol.com.br
Bibliografia
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005
ROSEMBERG, Marsall B. Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoas e profissionais. São Paulo: Àgora, 2006
Goulston, Mark. Just Listen. New York: Amacom, 2010
Echeverria, Rafael. Ontologia del Language. Chile: J.C.Saez Editor, 2005
Friday, April 16, 2010
Monday, March 15, 2010
Presente do meu Coach de Coach - Ricardo Javier
Seja paciente com tudo o que não está resolvido em seu coração e tente amar as perguntas como quartos trancados e como livros escritos em língua estrangeira.
Não procure respostas que ainda não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las. E a questão é viver tudo.
Viva as perguntas agora. Talvez assim, gradualmente, você sem perceber, viverá as respostas um dia distante.
(R. Rilke)
Não procure respostas que ainda não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las. E a questão é viver tudo.
Viva as perguntas agora. Talvez assim, gradualmente, você sem perceber, viverá as respostas um dia distante.
(R. Rilke)
Friday, February 26, 2010
Gestão de Pessoas - Desafios Estratégicos das Organizações Contemporâneas - Editora Atlas
Os Professores André Luis Fisher, Joel Dutra e Wilson Amorim, muito incentivaram nesta produção e, a eles e aos orientadores, nossa enorme gratidão.
Vejam a divisão dos assuntos, os títulos, autores e orientadores:
Parte I - A cultura organizacional na empresa contemporânea
1 - O impacto da cultura no processo de internacionalização de empresas brasileiras - Caso Votorantim
Andréa Augusta Fuks Ribeiro
Cláudia Mariane Lourenço
Sheila Aparecida Martinez Duval
Virgínia Gomes Carneiro dos Santos Mottola de Oliveira
Maria Tereza Leme Fleury
2 - Dimensões da cultura organizacional: um estudo sobre o discurso e a prática no caso McDonald´s
Célia Regina Teizen
Claudio Pavanini
Regina Célia de Mello Granja Curi
Maria Tereza Leme Fleury
Parte II - Competências e gestão de pessoas nas organizações
3 - A importância das competências individuais para o mundo globalizado: os casos Citibank, Copesul e WEG
Antonio Germano Evaristo
Cristina Pumputis
José Luiz Marques
Marco André Ferreira da Silva
Maria Tereza Leme Fleury
4 - Competências requeridas no mercado globalizado
Dora Leão de Moura
Roberto Zardo
Silvia Dias
Joel Souza Dutra
Parte III - Responsabilidade social e cidadania organizacional
5 - Responsabilidade social: inclusão de pessoas portadoras de deficiência
Margot de Morais Nick
Oswaldo Nunes Arraes
Rosanna Pomella Rosenburst
Rosa Maria Fisher
Parte IV - Qualidade de vida no trabalho
6 - O impacto da gestão da qualidade de vida no trabalho em equipes
Glauco Lehdermann
Shirley Acioly Monteiro de Lima
Ana Cristina Limongi-França
7 - A qualidade de vida no trabalho como ação institucional - o caso SESC Itaquera
Rosângela Carvalho de Abreu
José Carlos Monteiro
Ana Cristina Limongi-França
Parte V - Educação corporativa
8 - Educação corporativa: um estudo exploratório em empresas de destaque
Elizabeth Ayres Gdikian
Moisés Correia da Silva
Marisa Eboli
9 - Um projeto de educação corporativa para a Universidade Pública seria aplicável?
Luiza Peral Rengel
Maria de Lourdes Medeiros de Souza
Marisa Eboli
Monday, January 25, 2010
Companhia do Coaching entrevista Djane Sant´Anna
Cia do Coaching: Djane, este espaço inicial é para a apresentação do entrevistado, assim, fique à vontade:
Sou Djane, sou formada em psicologia, pós-graduada em Administração de Empresas, fiz especialização em Gestão do Conhecimento, MBA em RH, sou Coach pela Marcondes e Consultores, ICI e Instituto Ecosocial, tenho Formaçâo em Dinâmica de Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupos (SBDG) e ano passado terminei a Formação de Consultores na Adigo.
Há 25 anos trabalho com Desenvolvimento de Pessoas, seja como consultora interna em empresas que trabalhei e na ID&S, minha própria consultoria desde 2002.
Cia do Coaching: Nos conhecemos em 2004 no MBA RH e você já dirigia a ID&S Consultoria. Poderia nos contar a essa sua trajetória até chegar ao coaching? Passando claro pela Escola de Negócios Integração que você dá aulas.
Iniciei a minha carreira em 1985 na Eletrocontroles Villares, passando por Indústrias Villares, desde esta época já trabalhava com grupos e estava em sala de aula ministrando Treinamentos. Em seguida, fui para a Sadia e comecei a trabalhar com nivel gerencial. Nesta época, comecei a ser preparada para fazer um trabalho de desenvolvimento individual com os Executivos da Empresa.
Nós havíamos contratado a Marcondes & Consultores Associados, que utilizava uma ferramenta chamada VECA (Verificação de Comportamentos Administrativos) e em sessões individuais montávamos com o Executivo um PDI – Plano de Desenvolvimento Individual, claro que nem se falava em processos de coaching nesta época, mas entendo que meu repertório e minha experiência como coach já havia começado.
Depois fui trabalhar na Net (TV a cabo) e tive o privilégio de conhecer a Ane Araújo e, efetivamente, começar meu processo de desenvolvimento como coach.
Também em meados de 1999 eu havia contratado a Integração Escola de Negócios, de cliente a consultora foi um pulo.
Meu primeiro trabalho na Integração foi um projeto de entrevistas individuais dos executivos da Mastercard para a confecção de PDI.
Além das aulas voltadas para o público de RH das empresas, eu faço tambem a Orientação de Carreira dos Alunos do MBA, claro que usando muitas das ferramentas do processo de coaching, num numero menor de sessões.
Sou consultora da Integração Escola de Negocios desde 2001.
Cia do Coaching: Neste ano você teve uma empreitada e tanto, a Jornada de Desenvolvimento, que foi bastante corajosa e inovadora. Agora, você deu um outro passo que são as Palestras mensais. Tenho 2 perguntas: Como surgiu a Jornada de Desenvolvimento, o porquê na mudança de formato e, aproveitando, o que está vindo por aí?
Estas coisas nunca acontecem por uma única razão. O ano passado começou com um cenário de crise e pouca perspectiva de grandes projetos, ao mesmo tempo o nosso grupo de consultores (que hoje você faz parte) estava vindo de anos intensos em grandes empresas como Grupo Medial, Hospital Israelita Albert Eisntein, SGS, Hospital Sirio Libanes, Prodesp etc.
Confesso que tinha uma preocupação com a motivação do nosso grupo já que no começo do ano os projetos diminuiram, era também a oportunidade de mostrar para um número maior de pessoas este grupo tão talentoso.
Além dos consultores da ID&S, desenvolvemos uma parceria com colegas de Formação de Coaches do Instituto Ecosocial.
A Jornada de Desenvolvimento foi a solução ideal, nos mobilizamos todos do grupo, pudemos fazer da Jornada uma grande vitrine e mostramos para nossos clientes outros temas como Missão de Vida, Coaching sob o ponto de vista do cliente, Poder, Autoridade e Influência, Gestão do Tempo, Criatividade e Inovação e Diligência. Foram 8 trabalhos e cada cliente teve a oportunidade de participar em assuntos diversificados, um pela manhã e outro pela tarde.
Esta foi a iniciativa do 1º semestre. Já no 2º semestre começamos com o Ciclo de Palestras, onde tambem era a oportunidade de manter relacionamento com clientes e oferecer palco para nossos consultores e parceiros como a Célia Marchioni, Zilá Arruda, Ana Lúcia Paíga e, para encerrarmos o Ciclo, uma Palestra com Jair Moggi que foi meu mestre na Adigo.
2010 começou num outro ritmo, fechamos projetos importantes com Nossa Caixa e Antilhas e outros projetos devem acontecer nos próximos meses, acredito que em março vamos retomar o Ciclo de Palestras.
Gostaria também de fazer uma nova versão da Jornada de Desenvolvimento.
Cia do Coaching: Ainda nesta questão de serviços que a ID&S Consultoria presta, ouvi você explicando outro dia que não tem produto de prateleira. Poderia, por favor, explicar um pouco para os nossos amigos e leitores.
Cada produto de educação e desenvolvimento que a ID&S faz é altamente customizado para a necessidade dos nossos clientes e ajustado a sua cultura e linguagem. Por exemplo, atendemos o Hospital Sírio Libanes com programas de Relacionamento com o cliente. Atendemos também a Medial, com o mesmo objetivo, mas são empresas diferentes, com processos e linguagem diferentes, sendo assim para cada empresa formatamos um produto de Educação e Treinamento ajustado com cases e exercícios alinhados à estratégia de cada empresa cliente.
Estamos também muito atentos as respostas dos participantes em sala e, se for necessário, mudamos todo planejamento para atender a esta necessidade específica.
No ano passado voce foi meu parceiro num projeto para uma empresa Angolana chamada Sonangol, e acompanhou nosso esforço em capacitar aqueles profissionais, mudando o nosso planejamento, acrescentado exercícios para reforçar a aprendizagem. É por isso que acho que a ID&S foge do rótulo de empresa de consultoria, prefiro nominar o grupo de consultores como artesãos que trabalham numa oficina de desenvolvimento.
Cia do Coaching: Fui seu coachee num processo de transição de cargo e fiquei encurralado com muitas das suas perguntas, algumas até bem simples (“Quantas vezes você almoça com seus Coordenadores?”), que me ajudaram muito (e isto é um depoimento!). Após o curso de Formação de Coaches, o que você mudou como Coach?
Primeiro, obrigada pelo depoimento!
Acredito que a Formaçáo do Instituto Ecosocial, foi um divisor de águas no que se refere ao meu desempenho como coach.
Tive a oportunidade de atender uma pessoa antes e depois da Formação e, muito mais importante do que a minha percepção é a percepção deste cliente.
Entre outras coisas, o feedback que recebi foi que o processo estava mais consistente, com exercícios mais mobilizadores e eu estava até mais `atrevida´ na forma de conduzir o processo.
A Formação me deu maior segurança como coach.
Havia muitas coisas que eu já fazia muito mais intuitivamente e agora faço intencionalmente, por exemplo, pesquisar a Biografia.
Antes de fazer a Formação, eu chamava de “rever a Bagagem de mão”, e hoje de forma mais estruturada eu consigo buscar Padrões de Comportamento e de uma forma mais eficaz meu coachee percebe o impacto destes padrões na sua vida.
Cia do Coaching: No último dia da Formação de Coaches, nos “despedimos” e cada um seguiu seu caminho. Que leitura você tem dos coachees nos seus lugares ocupados no mercado de coaching? E já emendando, o mercado muda e que “recado” você teria para os coaches?
Acredito que esta é uma profissão que atrai muitas pessoas até porque é uma profissão que tem certo glamour, isto sempre me preocupou. Às vezes encontro pessoas com pouca experiência em desenvolvimento, pessoas que fazem formações mais curtas e até pouco profundas, enfim, com pouco repertório e que decidem que serão coaches.
Hoje há no mercado uma oferta imensa de Programas de Formação em Coaches. Penso como será a absorção destes profissionais.Esta questão inclusive já foi abordada neste blog em entrevistas anteriores, concluo então que você também esteja preocupado com a questão.
Felizmente há também Instituições sérias como o Instituto Ecosocial que realmente formam profissionais comprometidos com o desenvolvimento de seus coachees.
Em sala de aula, nos Programas Desenvolvidos pela Integração, oriento na contratação de um Coach e as dicas são:
a. Pergunte onde, quando e carga horária da Formação do Coach
b. Peça contato com pessoas que ele já tenha sido o coach
c. Pergunte se ele já passou pelo processo de coaching
d. Pergunte se ele faz supervisão dos seus casos, e se fizer quem é o supervisor
e. Busque indicações.
Cia do Coaching: Um dos assuntos que vem rondando as mentes dos coaches é a Certificação Internacional. Sei também que você fez, como eu, o curso do ICI que é um certificador pelo ICF. Por um lado ouço argumentos como “Quem me certifica é o Cliente”, por outro lado, ouço que as empresas exigirão uma certificação e não mais somente referências. Como você vê esta questão?
Acredito que da mesma forma um médico tem um CRM, um psicólogo tem CRP e um Engenheiro tem um CREA, nós coaches precisamos de um número de registro e um órgão que certifique e regule.
Procuro registrar todas as horas de coaching com todos os clientes, peço autorização e aviso que em qualquer momento alguém do ICF pode entrar em contato para se certificar do processo e da forma como transcorreu.
O ICF garante que eu obedeço um código de ética e que tenho a competência técnica para exercer esta função, o meu cliente atesta a qualidade do serviço prestado.
Lembrando sempre que eu posso ter um estilo e uma forma de conduzir o processo que atenda uma pessoa, mas que não atenda outra. As pessoas são diferentes e podem ter maior ou menor possibilidade de êxito no processo, independente da competência do coach.
Hoje, tenho coachees que me indicam para no mínimo 3 pessoas e sempre que há uma indicação tenho um cuidado maior em ajustar expectativas, pois posso ter sido hábil com uma pessoa e não ser com outra.
Então, acredito que o ICF deve sim regular e certificar, e que meu cliente pode sim atestar a qualidade do meu trabalho.
A minha meta é conseguir a certificação.
Cia do Coaching: Sempre pergunto sobre a crise que começou em 2008, e gostaria que você nos contasse a sua percepção, tanto no seu escritório quanto sua percepção de mercado, em relação aos processos de desenvolvimento, incluindo coaching.
Diferente de outras consultorias que conheço, nós da ID&S no primeiro semestre tínhamos projetos que não foram interrompidos, são projetos que já tinham sido contratados em 2008 e foi dada a continuidade sem muitas novidades. Em compensaçao para processos de coaching pessoa fìsica eu percebi um aumento de 40%.
No 2º semestre, esta tendência permaneceu, com pequenas alterações, e no último trimeste muita movimentação de propostas e reuniões, mas que só estão se consolidando no início deste ano.
Este ano, há possibilidades concretas de fechamento, incluindo um processo de desenvolvimento de uma empresa inteira, com Palestras para pessoal operacional até processos de coaching para 30 executivos, passando por eventos de desenvolvimento em sala de aula e coaching de equipe.
Cia do Coaching: Djane, outra pergunta clássica aqui no Blog, tem algum conselho para empresas que oferecem programas de coaching para seus colaboradores? E já emendando, como você percebe o desenvolvimento do Coach Interno nas empresas?
Acho que além dos cuidados que já mencionei a respeito da contratação, hà uma ação que faço e que tem dado bons resultados. Ano passado fui contratada por uma empresa para 10 sessões com um de seus executivos. Fui indicada pela gestora desta pessoa e o RH acolheu a indicaçao.
Tomei um cuidado que foi importante durante todo o processo, no contrato combinei que o coachee faria relatórios a cada 3 sessões e enviaria para mim, para o RH e para a gestora. Este processo garantiu que ele colocasse no relatório apenas o que ele queria que fosse divulgado e tanto o RH como a gestora eram informados da evolução.
Isto garantiu ao coachee toda confidencialidade e ao RH e gestora, informação sobre a evolução do processo. Esta pequena ação fez com que o RH me contratasse para outros processos, pois segundo o RH nenhum outro coach teve esta preocupação em envolver o RH e o gestor no processo, ao mesmo tempo que o coachee só divulga o que ele quer.
Na minha trajetória profissional eu fui coach interna na Net. Hoje percebo que a minha atuação sempre esbarrava numa linha tênue da confidencialidade e credibilidade.
Vejo que em algumas empresas esta figura do coach interno já é uma realidade, e acredito que o sucesso depende do acordo, do contrato e da expectativa de cada coachee, de cada gestor e do próprio coach.
Cia do Coaching: Outra questão quase permanente aqui é a questão de resultados e métricas. Você poderia dar algum conselho sobre esse assunto tão relevante?
Depois da sessão de contratação, a sessão de exploração da questão traz como resultado as métricas.
Esta sessão é de fundamental importância, constantemente no processo checamos o quanto estamos perto, ou longe, do que o coachee estabelece como objetivo a ser perseguido.
Você comentou que durante o seu processo de coaching eu cheguei a te perguntar quantas vezes você almoçava com sua equipe.
Esta pode ser uma métrica. Lembro de um cliente que estava trabalhando seu relacionamento interpessoal com sua equipe e na sessão de métricas ele brincou dizendo que se três pessoas lembrassem do seu aniversàrio seria um indicador que estávamos no caminho certo (ele trabalhava há 16 anos nesta empresa e sempre saia em férias no aniversário para evitar o constrangimento de ninguém lembrar da data. Pois neste ano, ele saiu em férias, mas o grupo ligou para ele e cantou “Parabéns a você”. Ele me ligou emocionado dizendo que esta era a prova que estávamos no objetivo.
Esclarecer a métrica é fundamental para que o próprio coachee possa perceber a sua evolução, perceber a sua mudança de comportamento e estabeleço também a premiação, a comemoração para este momento.
Não é nada complicado, é só trabalhoso, pois na nossa cultura esperamos sempre que a métrica seja algo absolutamente surpreendente e na maioria das vezes é na simplicidade que está a grande diferença.
Cia do Coaching: Que tipos de questão os coachees teem trazido para você?
Atualmente atendo 16 pessoas físicas, destas, 12 procuraram o processo de coaching para transição de carreira.
Falo destes processos, porque são pessoas que espontaneamente, com seus próprios recursos buscam coaching. A disposição e abertura para o processo se mostra diferente daquelas pessoas que as empresas buscam o processo com o objetivo de melhorar sua competência de liderança, sua habiidade de se relacionar, de delegar etc.
Hoje a grande questão é o grau de satisfação com a carreira.
Cia do Coaching: Alguma questão, algo que você gostaria de chamar atenção, para este universo de coaches, coachees, potentials, processo de coaching, formações?
Acho que a grande questão do momento é transição de carreira, é a satisfação das pessoas com suas escolhas profissionais, a possibilidade de mudança e a busca incessante da felicidade.
Saber que é possivel mudar e da importäncia de buscar seu talento e satisfação.
Cia do Coaching: Gostaria de recomendar algo relevante que esteja a lendo, estudando, discutindo, assistindo, para o desenvolvimento contínuo? Gostaria de recomendar algo considera para os interessados na causa Coaching?
Acho que só de saber que o desenvolvimento é contínuo, que estamos sempre buscando a excelência e que poderíamos usar uma placa avisando “ser humano em construção”.
Gosto muito de uma frase do Mário Sérgio Cortella que diz que “não nascemos prontos”. A cada ano busco uma forma de desenvolvimento, este ano elegi me aprofundar no tema Liderança. Estou lendo o livro “Pipeline de Liderança” de Ram Charam e vou participar dos programas do Oscar Motomura.
Cia do Coaching: O Blog Companhia do Coaching agradece a sua contribuição.
Agradeço esta oportunidade e te parabenizo pelo serviço que presta a nossa comunidade de coaches, com as discussões e com a qualidade das entrevistas que vocë tem trazido para o blog.
Monday, December 21, 2009
Companhia do Coaching entrevista Monica Dalge
Cia do Coaching: Monica, você já conhece o costume do blog quanto às apresentações, então, na ordem que você quiser, apresente-se aos nossos leitores e amigos
Sou coach, com formação pela FIA e pelo Instituto EcoSocial. A minha formação acadêmica é Administração Hospitalar e Análise de Sistemas. Atuei como gestora na área de Tecnologia da Informação em grandes empresas por mais de 20 anos. Realizei trabalhos de Coaching Executivo e Learning Group na Accurate Informática e na empresa onde trabalhei até novembro passado.
Adoro viajar, trabalhar, conviver com a minha família e amigos, aprender, meditar, ouvir musica, cozinhar e caminhar.
Cia do Coaching: Além da Formação de Coaches do EcoSocial, você no ano passado buscou outras fontes no Budismo Tibetano. Pode nos contar um pouco sobre isso?
Conheci o programa SkillFul Means, que foca o desenvolvimento de habilidades enquanto trabalhamos, pelo meu coach Jaime Ozi do Instituto EcoSocial no processo coach-de-coach durante a minha formação.
Li o livro o Trabalho como Mestre escrito por Tartang Tulku que descreve a implantação deste trabalho na Dharma Publishing, gráfica da comunidade budista na Califórnia. Meses depois fui convidada a participar de um retiro na Califórnia, no Center for Skillful Means, sobre Mandala conduzido por Arnaud Maitland, diretor da gráfica, escritor e professor. A partir daí tomei contato com esta filosofia e com este programa voltado para o desenvolvimento de pessoas, equipes e empresas, tenho praticado para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Voltei agora em 2009, para a Califórnia para o meu segundo retiro, Training mind for the lidership. Foi então que pude ver o crescimento da comunidade e a modernidade da gráfica, num período onde a economia global estava no meio de uma crise financeira. Confesso que fiquei impressionada com o progresso naquele centro.
O programa é baseado na filosofia Budista Tibetana aplicada no mundo corporativo proporcionando o desenvolvimento orientado a resultado para as pessoas enquanto elas trabalham. Segundo os ensinamentos, o trabalho, que representa uma grande parcela das nossas experiências no dia-a-dia, é uma grande oportunidade para desenvolvermos ativamente e aperfeiçoarmos as qualidades universais que trazemos dentro de nós e que tornam a vida rica e significativa.
Além dos retiros, fiz os cursos TSW – Transforming Stress into Well-being, transformando estresse em bem estar para indivíduos e equipes, que permitiram que eu me tornasse parceira e instrutora de TSW no Brasil.
Agora estou fazendo o Módulo III – TSW estresse e tempo.
Para os interessados no programa, segue o link http://www.skillfulmeansprograms.com
Cia do Coaching: Como você agregou este aprendizado nas sessões de coaching?
A qualidade da minha presença aumentou, assim como, minha atenção plena e a escuta ativa mudaram com as práticas que tenho aplicado.
Uso a mandala como ferramenta que me auxilia na elaboração das perguntas abertas.
Cia do Coaching: Trabalhamos juntos atendendo coachees individualmente e também coaching de equipe. Como foi essa empreitada?
Essa empreitada, como você chamou, foi desafiante e marcante na minha carreira como coach. Os coachees eram jovens e nos encontros tínhamos uma grande troca. Capitalizei os aprendizados: improvisação, confiança, experiência, questionamentos, enfim, foi um ano que ocupei todas as noites fazendo coaching, tanto individual como em equipe. Formamos uma time de coaches para atender o cliente no seu processo de mudança e que funcionou muito bem. Faziam parte da equipe a Inês Homem de Melo e o Claudio Pavanini, com quem retornei a trabalhar nesta nova fase.
Cia do Coaching: Você acabou de sair de uma grande empresa, um passo muito importante e planejado há tempos. Como está se sentindo nesta transição?
Muito feliz. Confesso que na primeira semana me senti desorganizada, sem aquela rotina de levantar, me arrumar, ir para o trabalho, trabalhar, trabalhar. Na segunda semana fiz um curso intensivo que não faria se não tivesse redirecionado minha carreira, conforme planejado. Na terceira semana, comecei a ter rotina. E agora já me adaptei às mudanças.
Cia do Coaching: Temos uma colega e amiga comum, a Fátima Motta, que nos falou bastante sobre as perdas simbólicas, a empresa como sobrenome, as relações que rompem repentinamente etc. Nesta sua transição, como se preparou para estas quebras de vínculos?.
Estava mais preocupada com a situação financeira que com a quebra de vínculos, as relações, a empresa como sobrenome etc. Entretanto, tenho notado em visitas de prospecção, o quanto foi importante ter trabalhado nessas empresas, são ótimos cartões de apresentação.
Cia do Coaching: Gostaria de voltar ao Budismo Tibetano, a partir do curso que você fez na Califórnia, quais foram os desdobramentos?
Fiz outros cursos no Brasil como contei anteriormente, com supervisão da equipe americana. Continuo lendo alguns livros sobre o assunto, praticando Kum Nye, que é uma yoga tibetana, e meditando diariamente.
Em março de 2010 organizarei com outras pessoas da minha formação, a vinda do Professor Arnaud Maitland para o Brasil para dois seminários: Questioning mind e Training mind for time.
Cia do Coaching: Você foi uma das coaches do curso que continuou, após o Coach de Coaches, a fazer coaching com supervisão. Você continua fazendo? Qual é a relevância da supervisão?
Gosto tanto de coaching que não quero parar. Comecei com você, quando você estava terminando o ICI, depois como coach de coach e mais tarde, mais como manutenção do que como supervisão. Não estou fazendo coaching nem supervisão agora, a não ser com o grupo de estudos porque meus dois coaches acabaram virando parceiros de profissão e grandes amigos, mas, acho muito importante a supervisão para te dar um norte em alguns casos difíceis que pedem uma discussão mais aprofundada.
Cia do Coaching: Quais são seus planos para 2010?
Em 2010 terminarei o SBDG (Sociedade brasileira de dinâmica dos grupos), me prepararei para a certificação internacional ICF – International Coaching Federation e abrirei o meu escritório.
Cia do Coaching: Como foi o ano de 2009 para você?
Foi excelente. Viajei várias vezes com a minha família e sozinha para a Califórnia, estudei bastante, entreguei os projetos de integração na empresa onde trabalhei, fiz dois cursos TSW, fiz coaching com a equipe no banco, mudei de carreira em novembro, atendi vários clientes PF, voltei à prática do coaching de equipe com você (Claudio Pavanini), na ONG CDI, e agora, no NEF – Núcleo de Estudos Fiscais.
Cia do Coaching: Em relação a resultados como você percebe isso nas suas sessões de coaching?
Não é muito fácil medir, embora tenhamos estabelecido o resultado a atingir logo no início. Percebo que o resultado é bom quando o cliente se mobiliza e cumpre o plano de ação. É gratificante quando isso acontece.
Cia do Coaching: Que tipos de questão seus coachees teem trazido?
Apareceram muitas questões sobre carreira, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, caso de auto confiança e falta de visão de futuro.
Cia do Coaching: Neste blog, que é aberto, existiria alguma preocupação, alguma questão, enfim, algo que você gostaria de chamar atenção, para este universo de coaches, coachees, potentials, processo de coaching, formações? Esta é a pergunta mais contante neste Blog.
O que tem chamado a minha atenção é a quantidade de coaches que estão se formando agora. Receio pela banalização. Priorizo a qualidade, o profissionalismo e o compromisso com a escolha que fiz. Como a questão do processo de coaching está num caminho de crescimento, talvez a Certificação seja uma solução boa para a qualificação e para a aplicação da melhores práticas.
Cia do Coaching: Outra questão clássica aqui do blog Companhia do Coaching. O que anda lendo, estudando, discutindo, assistindo, para o seu desenvolvimento contínuo? Gostaria de recomendar algo considera para os interessados na causa Coaching?
Li o Silêncio de Andrea Bomfim Perdigão, Fora de Série de Malcon Gladwell, Qual é a sua obra? de Mario Sérgio Cortela, Como integrar liderança e espiritualidade de Jair Moggi, Tríade do tempo de Christian Barbosa, O líder do Futuro de Arthur Diniz e Comer, Rezar e Amar de Elizabeth Gilbert. Mas não atingi minha meta que é ler pelo menos um livro por mês.
O curso na SBDG, o grupo de estudos e o Skillful Means teem mantido meu desenvolvimento continuo.
A minha recomendação aos interessados na causa Coaching é que tenham um grupo de estudos para a troca de experiências e possam aprofundar-se em assuntos de interesse comum.
Cia do Coaching: O Blog Companhia do Coaching agradece a sua entrevista.
Quem agradece sou eu pela oportinidade de participar no Blog da Companhia do Coaching.
Friday, November 20, 2009
Companhia do Coaching entrevista os coachees: Ana Cristina Guerreiro, Lissandro Luis Tonelotti, Shirley Iraola Mendonça e Claudia Cavazzini

Cia do Coaching: O hábito neste Blog é que cada um se apresente, assim, vamos numa ordem que vocês prefiram. Esta é a primeira vez que temos uma entrevista com quatro pessoas, vamos experimentar?
>> Ana Cristina, paulistana, residente em Indaiatuba, casada, sem filhos. Atualmente trabalho num banco e estou fazendo mestrado em Administração de Empresas, com foco em gestão de pessoas.
>> Shirley, casada, um filho, 25 anos de Mercado Financeiro, Sou formada em Administração e Comércio Exterior, nasci em São Paulo onde trabalhei 22 anos da minha carreira e, nos últimos três anos, trabalho na Região de Campinas como Gestora de Agencia.
>> Claudia Cavazzini, 3 filhos maravilhosos, bancária faz 25 anos, otimista, sempre em busca do lado bom das pessoas e dos momentos. Acredito que as dificuldades são necessárias para o aprimoramento do ser humano. Ah! Sou leonina, fiel, determinada, um pouco rabugenta, mas só às vezes ...rsrs... Estou cursando Administração de Empresas na AIEC, que por ser à distancia, me possibilitou esta retomada e devo concluir em 2011.
>> Lissandro, sou Gerente Geral num banco em Jaguariúna e tenho sob minha supervisão direta 16 colaboradores. Sou formado em Matemática e tenho 21 anos de mercado financeiro, sempre na área comercial.
Cia do Coaching: Existem algumas denominações para as pessoas que passam pelo processo de coaching, coachee, performer, potencial, cliente etc. Vamos tratar aqui como coachee. Então, vou direto ao ponto, como esta passagem pelo processo de coaching? Doeu mergulhar em alguns pontos mais internos?
Ana >> Não doeu nada. Na verdade o processo me fez acordar para coisas que estavam escondidas e que eu não tinha consciência ou se tinha, não sabia como lidar com elas.
Shirley >> No começo, confesso que foi difícil iniciar o processo, mas no decorrer das sessões, os trabalhos ou lições de casa desenvolvidos faziam com que eu me aprofundasse mais em retrospectivas, desenvolvimento pessoal baseado em pesquisas, que considero que foi o melhor de todos os desenvolvimentos, pois com ele tive a grande oportunidade de reconhecer os erros que vinha cometendo e ter a chance de consertá-los, enfim, foi incrível.
Claudia >> Bem, no início foi difícil. A questão de estar realizando o coaching com meu superior imediato me deixou insegura para falar, verdadeiramente, sobre a minha vida pessoal, sentimentos, enfim coisas mais íntimas, o que descobri ser essencial para que o processo realmente mexa nas feridas e possa reconhecer e tratar com a clareza necessária para cumprir o objetivo de crescimento e aperfeiçoamento.
Lissandro >> Foi um processo de crescimento a cada reunião. Chegamos meio acanhados, e depois, num processo de confiança mútua, permitindo tocar em assuntos que geralmente não são muito confortáveis. Foi bom lembrar algumas passagens e também entender algumas situações ocorridas em nossa vida pessoal e profissional.
Cia do Coaching: Voltando um pouco, como o processo de coaching chegou até vocês?
Ana >> Em uma conversa com o meu diretor, ele me ofereceu esta possibilidade e eu aceitei de imediato.
Shirley >> Fiquei sabendo que meu diretor exercia também o papel de Líder Coach, então, quando tive a oportunidade, na avaliação de desempenho, pedi a participação no processo de coaching e ele aceitou imediatamente iniciarmos este processo.
Claudia >> Depois que eu e o Bomfim estabelecemos a relação de confiança que eu precisava para falar sobre coisas pessoais e profissionais, mas que me expunham perante a ele, as sessões fluíram com naturalidade. Acho até que me traziam certo alívio por compartilhar com ele, dificuldades ao tratar determinados assuntos, no dia a dia.
Lissandro >> Foi numa conversa com meu Gestor, e recebi o convite para realizar o processo. Por que não? Aceitei e começamos.
Cia do Coaching: Esse processo foi individual? Coletivo? alguma imposição?
Ana >> O processo foi individual, sem qualquer imposição. Na verdade, eu ganhei um presente. No passado, já havia feito um processo coletivo em um treinamento do banco, mas, sinceramente, não consegui aproveitar todos os benefícios.
Shirley >> O processo foi individual, sem imposição alguma.
Claudia >> O processo foi individual. E apesar de não haver nenhuma imposição verbal, eu me senti um tanto quanto sem saída. Puxa vida! Ele é o meu chefe!
Lissandro >> Individual, sem imposição.
Cia do Coaching: Tiveram algum medo ou receio de rejeitar a participação no processo?
Ana >> Nem pensei da hipótese de me recusar. Na verdade, entendi que estava ganhando um apoio para o meu desenvolvimento.
Shirley >> Não, pelo contrário fiquei muito feliz em poder participar do processo.
Claudia >> O processo chegou até mim pelo Bomfim, que me explicou o que era e me convidou a ser a 1ª coachee da Regional, o que me causou algum incomodo e preocupação. Meu primeiro pensamento foi... afinal o que havia de errado comigo? Pois é, nem pensei em rejeitar o convite, mas no fundo queria que ele tivesse feito este convite para outra pessoa da equipe, pelo menos para depois eu perguntar, me preparar, sei lá.
Lissandro >> Em nenhum momento. Somos livres para aceitar ou não o convite. Coube a cada um ter a segurança e senioridade para aceitar o processo, sabendo tratar-se do coach como nosso gestor imediato. Não tive receio algum.
Cia do Coaching: Sair da zona do conforto, da naturalidade e ir para uma zona que existe alguma tensão, pode refrear alguns. Como foi isso com vocês?
Ana >> Para mim é muito difícil, até porque sou extremamente autêntica e ter que agir de forma diferente foi estranho no começo. Lembro-me que trabalhamos umas duas ou três sessões sobre isto. Ou seja, o quanto me custava tomar algumas atitudes e quais os benefícios que elas me trariam. Acostumei-me.
Shirley >> Encarei o processo como um desafio para mim, pois no decorrer do processo, a mudança de comportamento foi fundamental para meu desenvolvimento pessoal. Passei a reconhecer mais rapidamente quando meu nível de stress estava elevado e a administrá-lo para evitar os níveis insuportáveis que vinha atingindo nos últimos tempos, pelo fato de não estar atenta e, portanto, não identificá-lo.
Claudia >> Sair da zona de conforto é se arriscar, se expor, e o desafio até me estimula, mas na condição de conhecer o processo, e ser a primeira da equipe, me causou mais algum desconforto.
Lissandro >> Realmente, o processo me deixou, às vezes, meio atordoado, mas, foi bom falar de coisas que nos incomodam, pontos a melhorar, procurar entender melhor estas coisas e com isso evoluirmos pessoal e profissionalmente. Uma profusão de sentimentos, mas, fui para a zona de tensão criativa, confortavelmente.
Cia do Coaching: Voltando ao autoconhecimento, provocou alguma transformação em vocês, mínima que seja?
Ana >> Sim. O autoconhecimento provou transformações na minha vida pessoal e profissional. Conhecer-me melhor, possibilita pensar antes de agir, e com isto conviver melhor com meu marido e alcançar melhores resultados da minha equipe.
Shirley >> O processo de coaching mudou a minha visão e atitudes, tanto na minha função, quanto na vida pessoal. Ajudou-me nas reflexões, realçou e trabalhou positivamente minhas qualidades e, principalmente, identificando minhas fragilidades, me fez entender que lutar contra elas não é a melhor atitude, mas sim administrá-las ou resolvê-las com sabedoria.
Claudia >> Sim, eu tive que encarar alguns sentimentos que procurava abafar, pois me incomodam. Hoje, reconheço-os com mais rapidez e isso faz com que eu consiga algumas vezes inibi-los. Por exemplo, já consigo me controlar e direcionar um funcionário para que ele encontre as soluções, ao invés de dizer como tem que ser feito. Provoco-o para que ele pense na solução, mas dou algumas dicas, isso faz com ele participe mais, e traga muita coisa rica. Antes, eu pensava que, como líder, tinha que ter sempre a solução!
Lissandro >> Sim. Passei a prestar mais atenção em minhas atitudes e reações, exercendo maior controle sobre elas. Também trazendo parte do que aprendi para compartilhar no desenvolvimento da equipe.
Cia do Coaching: Já tinham passado por um processo de coaching antes? Se sim, que diferenças identificaram?
Ana >> Como falei anteriormente, já havia passado por um processo de coaching no banco. A principal diferença foi que no banco, a maioria das sessões foi via telefone e presenciais, em grupo. Neste último processo, fizemos individual e pessoalmente. Aproveitei muito mais o processo presencial, porque pude falar abertamente sobre vários assuntos pessoais, que não me senti à vontade para falar na frente de outros colegas do banco, no processo anterior. Por ser presencial e pessoal, o processo permite maior entrosamento entre as partes. Além disso, no anterior tive dificuldade de entender o que o coach tentava transmitir. Já no presencial, por pertencer ao mesmo ambiente de trabalho, os exemplos que exploramos me fizeram tomar maior consciência do que estava sendo necessário.
Shirley >> Não tinha passado por esse processo anteriormente.
Claudia >> Não, eu não conhecia o processo. Entendia que coaching nada mais era que feedback.
Lissandro >> Foi a primeira vez.
Cia do Coaching: Agora uma pergunta delicada: comparando-se com os outros colegas da Regional e as outras regionais que não passaram por processo de coaching, alguma diferença foi percebida?
Ana >> O que posso dizer é que evolui muito, pessoal e profissionalmente. Tenho as mesmas capacidades técnicas que tinha no ano passado, porém, consegui maior visibilidade na hierarquia de comando. Participei de dois processos seletivos internos importantes, e fiquei bem classificada nos dois. Numa das dinâmicas, os demais colegas deveriam votar em quem estaria apto naquele momento, e pelo que me disseram, obtive uma das maiores votações. Ou seja, tive o reconhecimento dos diretores que participaram da seleção (aproximadamente dez participantes), do Desenvolvimento Humano interno e externo, e dos colegas que “concorriam” junto comigo.
Outra situação marcante para mim foi uma dinâmica que fizemos dentro da nossa regional. Em pequenos grupos de gerentes gerais, tínhamos que identificar competências uns nos outros. As competências que meus pares apontaram como mais marcantes em mim, foram exatamente as que trabalhamos no processo de coaching. Fiquei muito feliz porque estou sendo reconhecida por algo que tinha dificuldade em praticar. Foi o reconhecimento do trabalho e do esforço aplicado. Valeu a pena!
Shirley >> Sim, através do processo de coaching, resgatou os meus valores, minhas competências, redescobri-me novamente, tornando-me uma pessoa melhor e, assim, aprendi a "olhar" as pessoas com outros olhos. Acho que isso nos diferencia dos demais que ainda não passaram pelo processo.
Claudia >> Não tive informações para falar de outras regionais, mas na nossa, aumentou a relação de confiança com o superior e também entre os pares, principalmente dos que participaram do processo de coaching, ficou sólida, transparente. O que quero dizer com isso é que não tenho receio de falar sobre minhas dificuldades e fragilidades com os colegas e também com o meu gestor.
Lissandro >> Hoje sou mais presente e participativo com todos, valorizando mais as equipes e incentivando todos a se desenvolverem.
Cia do Coaching: Voce indicaria para alguém este processo dentro da regional ou do banco ou mesmo fora?
Ana >> Sem dúvida! Acredito que o processo permitiu uma visão sob um ângulo especial e privilegiado de você mesmo, possibilita agir de forma equilibrada facilitando o relacionamento com as outras pessoas e potencializada na carreira profissional.
Shirley >> Sim, sem dúvida, esse processo nos acelera para a mudança do nível de consciência para um patamar mais elevado e, principalmente, o autoconhecimento.
Claudia >> Sim. Principalmente para os profissionais considerados seniors. O aprendizado é contínuo e muitas vezes me deparo com colegas que, na minha percepção, pararam no tempo, com todo respeito às individualidades.
Lissandro >> Sim. Acredito que todos podem e devem passar por esse processo de autoconhecimento e desenvolvimento. Esse é um trabalho para a melhoria de nossas vidas, não se restringe apenas ao profissional.
Cia do Coaching: Os que não participaram do processo de coaching reagem de alguma forma?
Ana >> Demonstram curiosidade sobre o processo.
Shirley >> Sim. Primeiramente há a curiosidade, mas, com as pessoas que tive oportunidade de falar do processo percebi que os profissionais teem muito interesse em participar. Também o que chama a atenção dos demais da equipe é a transformação, uma mudança de comportamento e visão que nós passamos a ter durante o processo. O que posso registrar é que alguns teem algum receio, por ser um processo com o nosso gestor imediato. Muitas matérias sobre Coaching falam que a prática com profissionais que não possuem nenhum vínculo é mais benéfica, uma vez que não gera nenhum constrangimento pelas partes. No meu caso, participei do processo sem nenhum constrangimento ou receio e falo aos colegas que depende muito de quem é o Coach, e o Bomfim sabe separar bem os seus papéis: Coach e Gestor.
Claudia >> Acredito que ficam curiosos, mas não querem expor-se. Não querem avaliar o custo do desconforto pelo benefício de se conhecer melhor para ampliar ainda mais sua atuação, que é a inspiração para a equipe de sucesso.
Lissandro >> Acho difícil falar por outros. Muitos nem sabem que participamos do processo de coaching. Alguns podem não estão preparados para falar de sua vida pessoal, podem não perceber que tudo anda em conjunto, o pessoal e o profissional.
Cia do Coaching: Algum ponto o processo de coaching não abordou e que você sugeriria?
Ana >> A condução do processo foi focada nos pontos onde eu mais sentia necessidade, portanto, nós pactuamos os principais assuntos e os tratamos individualmente.
Shirley >> Não. O processo utilizado foi bem focado e atingiu todas as minhas expectativas.
Claudia >> Entendo que, uma vez iniciado o processo de coaching e despertada a consciência de fraquezas e fortalezas de competências para a função, poderia haver encontros para avaliar as melhorias e rever os métodos de atingi-las.
Lissandro >> Não. Estou satisfeito com o processo, pontos abordados e resultados.
Cia do Coaching: Uma vez terminado o processo de coaching, você espera alguma manutenção do processo?
Ana >> Sem dúvida. Em algumas situações sinto falta das nossas conversas. Tenho receio de que as percepções acabem reduzindo com o decorrer do tempo.
Shirley >> Sim e tenho certeza que terei, pois no final do processo ele já se colocou a disposição e deixou bem claro que, no que for preciso, poderei contar com ele.
Claudia >> Acho que já respondi, mas vou aproveitar para reforçar: COM CERTEZA!
Lissandro >> Seria importante avaliarmos o que mudou e o que tentamos mudar e não conseguimos. A evolução apresentada e correções ainda necessárias.
Lissandro >> Seria importante avaliarmos o que mudou e o que tentamos mudar e não conseguimos. A evolução apresentada e correções ainda necessárias.
Cia do Coaching: A produtividade aumentou?
Ana >> Aumentou substancialmente. Este está sendo um ano muito difícil para os negócios, e saber lidar com as adversidades e situações inesperadas com tranquilidade está sendo um grande diferencial.
Muitas agências do banco ainda estão trilhando o caminho da entrega das metas de produtos ou de evitar prejuízos financeiros em função da inadimplência provocada pela crise financeira. Minha agência entregou todas as metas de produtos até agora e tem se mantido em posição satisfatória na qualidade de crédito. Somos destaque em atendimento e satisfação de clientes no interior de São Paulo. Já ia esquecendo, somos referência no novo modelo comercial do banco.
Em momentos difíceis como os que estamos vivendo este ano, acredito que se conseguimos tudo isto, foi porque minha equipe é fantástica, comprometida e também, porque eu estava preparada para estes desafios.
Shirley >> Sim e gostaria de ressaltar a importância do processo para o alcance dos objetivos, uma excelente maneira de encontrar com o meu sucesso pessoal. Saber de fato o que fazer para contribuir com a organização, saber onde quero chegar, quais caminhos percorrer e quais estratégias utilizar para alcançar metas e objetivos traçados. Reconhecer e valorizar pessoas que contribuam, ter consciência e sabedoria do valor de um trabalho em equipe, somando talentos e forças, enfim, fazendo a diferença.
Claudia >> Sim, porque perco menos tempo com alguns processos, mas ainda tenho muito a melhorar na gestão do tempo.
Lissandro >> Tenho um histórico de alta performance, o processo ajuda a entregarmos de modo mais fácil, com menor esforço.
Cia do Coaching: Que outros resultados positivos você atibuiria ao fato de ter passado pelo processo de coaching? Conflitos, relacionamentos, inclusive com o cliente, maior nível de compromisso com a empresa, enfim, o que mais?
Ana >> Na verdade, percebo que alcancei um entendimento maior dos meus comportamentos e sentimentos, e isto me ajuda com os colegas, com os clientes, e principalmente comigo mesma.
Shirley >> O processo de coaching contribuiu significativamente para a expansão de minha autoconsciência, que trouxe mais equilíbrio e, consequentemente, mais felicidade, pois promoveu uma maior flexibilidade e versatilidade. Minhas habilidades de liderança, de delegar e de tomada de decisão também melhoraram. Agora tenho outro olhar para o timing do cliente, suas particularidades, enfim, tudo que possa proporcionar um relacionamento comercial adequado.
Claudia >> Procuro ouvir mais clientes, funcionários, família e amigos. E estou aprendendo a dar ouvidos aos que falam, ao invés de, simplesmente, escutar.
Lissandro >> Como disse anteriormente, maior segurança, ter a consciência diária no convívio com as pessoas, ter maior observação com os clientes, seus hábitos, suas atitudes. Enfim, administrar conflitos, atenção constante com pares, superiores e familiares.
Cia do Coaching: Estamos num blog aberto, existe alguma questão, preocupação, enfim, algo que você gostaria de chamar atenção para o processo de coaching?
Ana >> O coaching influenciou muito positivamente na minha vida pessoal. No meu trabalho, fez com que eu me posicionasse com as colegas e superiores, de forma melhor, mais produtiva e assertiva. Pela experiência que tive, sugiro que todos os profissionais com interesse e possibilidade de crescimento façam sessões de coaching. Acredito haver três caminhos importantes para o coaching: 1) Pelas empresas: o capital humano é o seu principal diferencial competitivo, logo, investir nos seus profissionais é abrir espaço para o crescimento sustentável nos negócios; 2) Os profissionais: Cada um é responsável pela sua carreira, se a empresa não o apoia, acho que ele deve procurar abrir seus horizontes. 3) Por fim, ter a sorte de ter um líder coach. Poder ter alguém de confiança, discutindo os caminhos com exemplos práticos e profissionalismo, não tem preço. Gostei tanto do processo, que no final já estava tentando inverter os papéis. Gosto de negócios e de gente, por isso, para 2011 quando terminar o mestrado em Administração, vou procurar um curso de coaching.
Shirley >> Com certeza este processo me deixou com uma série de novos rumos, tanto particulares como profissionais. Na prática, este processo elevou minha auto-estima. Após o aprendizado estou aplicando o processo com minha equipe que vem trazendo benefícios aos colaboradores no autoconhecimento, competências existentes e o principal, “Melhoria nos Resultados”, entendo que funcionários motivados e felizes produzem muito mais.
Claudia >> Penso que pela empresa, poderíamos receber mais informação sobre ferramentas que podem nos ajudar no desenvolvimento, e por que não colocar a disposição alguns testes online, por exemplo?
Lissandro >> Se o coachee não estiver disposto a ser totalmente transparente, abrindo sua vida pessoal e profissional e não confiar no Coach, o processo não terá evolução. Ao mesmo tempo, o Coach tem que ser extremamente profissional e competente, seguro de sua responsabilidade como condutor do processo.
Cia do Coaching: O que vocês teem lido, ouvido, assistido, enfim, querem aconselhar a outros clientes de coaching? Filmes, peças de teatro etc.
Ana >> Montamos um grupo de estudos na nossa diretoria e estamos estudando competencias. Gostei muito da competência emocional e tenho lido várias coisas sobre este tema.
Shirley >> Li, isto é, tenho ouvido no formato MP3, recentemente, ouvi ´O Monge e o Executivo`. Também muitas matérias atualmente trazem o assunto Coaching, e, em nosso dia a dia, percebemos o quanto é importante todo o processo e, principalmente, ter feito parte dele, o quanto é gratificante. O mundo continua constantemente gerando mudanças. Soluções rápidas, mas o mais importante, a chave do negócio, é saber lidar com as pessoas. Portanto, gostaria de ressaltar o papel de meu Gestor e Coach, que tem como objetivo maior, o crescimento das pessoas como seres humanos e não somente como profissionais.
Claudia >> Ultimamente só me sobra tempo para ler o conteúdo da faculdade, e olhe lá. Quando posso assisto filmes mas, na maioria das vezes, a escolha fica por conta dos meus filhos, é a nossa hora de lazer, juntos!
Lissandro >> Trabalhando com a Inteligência Emocional do Daniel Goleman, A Semente da Vitória do Nuno Cobra e o filmes: Menino de Pijamas Listrados e Cavaleiros do Apocalípse.
Cia do Coaching: O Blog Companhia do Coaching agradece a entrevista.
Ana >> Quem agradece sou eu pela oportunidade de participar. Aproveito para parabenizar a iniciativa do grupo da Companhia do Coaching, que tem buscado adquirir cada vez mais conhecimentos e disseminar aqui no blog e nas empresas onde trabalham. Parabéns!
Shirley >> Quem agradece a oportunidade sou eu. Obrigada.
Claudia >> Eu agradeço a oportunidade por dividir minha experiência, e talvez, incentivando, encorajando outros profissionais a passar pelo processo. Meu crescimento não foi somente profissional, mas também pessoal. É muito importante procurar nos conhecer, e reconhecer as mudanças pelas quais passamos e como reagir a isso. Agradeço ao Bomfim pela paciência e condução do processo.
Lissandro >> Obrigado.
Thursday, October 22, 2009
Trecho do livro ´Coração de Líder´, de Marco Fabossi


Marco Fabossi é Palestrante, Escritor, Consultor, Coach Executivo e de Equipe, com foco em Liderança.
Quando eu tinha por volta de oito anos decidi estudar violão. Minhas aulas aconteciam nos fundos de uma quitanda, e por casualidade, o quitandeiro era também o professor.
Depois de alguns meses, tivemos nossa primeira prova prática. Eu estava seguro de que eu me sairia bem, já que comparado aos outros alunos, eu realmente estava tocando melhor.
Todos os alunos participaram da prova juntos, na mesma sala, um por vez. Enquanto um se apresentava, os outros ficavam observando.
Depois de todas as apresentações, mais do que nunca eu estava convicto de que teria a melhor nota, apesar de todos terem se esforçado bastante.
Em seguida, nosso professor iniciou seus comentários e avaliação sobre cada aluno. Quando chegou a minha vez, ele já havia avaliado outros três ou quatro alunos, e com base em suas notas eu estava convicto de que a minha seria dez ou muito próxima disso, porém, aquele professor olhou seriamente para mim e disse:
- Marco, você tocou muito bem. Bom ritmo e boa técnica. Meus parabéns. Sua nota é seis.
- O que? Como assim, seis? O senhor mesmo disse a eles que precisavam melhorar o ritmo, que devem praticar mais para não cometeram tantos erros, e deu a eles notas maiores que seis!
- É verdade Marco, sua apresentação foi a melhor de todas, porém eles deram tudo o que podiam dar, eles fizeram o melhor; você não. Você pode ir muito além daquilo que me mostrou hoje, por isso sua nota é seis.
Eu simplesmente encolhi os lábios, abaixei a cabeça, silenciei, e rapidamente entendi o que aquele professor estava querendo me ensinar: enquanto eu me comparava com meus colegas, ele me comparava com aquilo que sabia que eu poderia ser.
Certamente, com esforço, dedicação e perseverança, você e eu seremos capazes de chegar sozinhos a um bom lugar, porém, é bem provável que este bom lugar não seja aquele em que poderíamos estar.
Sem que percebamos, temos a tendência de nos comparar com as pessoas que estão ao nosso redor, ao invés de olharmos para aquilo que realmente.
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