Monday, December 21, 2009

Companhia do Coaching entrevista Monica Dalge


Cia do Coaching: Monica, você já conhece o costume do blog quanto às apresentações, então, na ordem que você quiser, apresente-se aos nossos leitores e amigos

Sou coach, com formação pela FIA e pelo Instituto EcoSocial. A minha formação acadêmica é Administração Hospitalar e Análise de Sistemas. Atuei como gestora na área de Tecnologia da Informação em grandes empresas por mais de 20 anos. Realizei trabalhos de Coaching Executivo e Learning Group na Accurate Informática e na empresa onde trabalhei até novembro passado.
Adoro viajar, trabalhar, conviver com a minha família e amigos, aprender, meditar, ouvir musica, cozinhar e caminhar.


Cia do Coaching: Além da Formação de Coaches do EcoSocial, você no ano passado buscou outras fontes no Budismo Tibetano. Pode nos contar um pouco sobre isso?

Conheci o programa SkillFul Means, que foca o desenvolvimento de habilidades enquanto trabalhamos, pelo meu coach Jaime Ozi do Instituto EcoSocial no processo coach-de-coach durante a minha formação.
Li o livro o Trabalho como Mestre escrito por Tartang Tulku que descreve a implantação deste trabalho na Dharma Publishing, gráfica da comunidade budista na Califórnia. Meses depois fui convidada a participar de um retiro na Califórnia, no Center for Skillful Means, sobre Mandala conduzido por Arnaud Maitland, diretor da gráfica, escritor e professor. A partir daí tomei contato com esta filosofia e com este programa voltado para o desenvolvimento de pessoas, equipes e empresas, tenho praticado para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Voltei agora em 2009, para a Califórnia para o meu segundo retiro, Training mind for the lidership. Foi então que pude ver o crescimento da comunidade e a modernidade da gráfica, num período onde a economia global estava no meio de uma crise financeira. Confesso que fiquei impressionada com o progresso naquele centro.
O programa é baseado na filosofia Budista Tibetana aplicada no mundo corporativo proporcionando o desenvolvimento orientado a resultado para as pessoas enquanto elas trabalham. Segundo os ensinamentos, o trabalho, que representa uma grande parcela das nossas experiências no dia-a-dia, é uma grande oportunidade para desenvolvermos ativamente e aperfeiçoarmos as qualidades universais que trazemos dentro de nós e que tornam a vida rica e significativa.
Além dos retiros, fiz os cursos TSW – Transforming Stress into Well-being, transformando estresse em bem estar para indivíduos e equipes, que permitiram que eu me tornasse parceira e instrutora de TSW no Brasil.
Agora estou fazendo o Módulo III – TSW estresse e tempo.
Para os interessados no programa, segue o link http://www.skillfulmeansprograms.com


Cia do Coaching: Como você agregou este aprendizado nas sessões de coaching?

A qualidade da minha presença aumentou, assim como, minha atenção plena e a escuta ativa mudaram com as práticas que tenho aplicado.
Uso a mandala como ferramenta que me auxilia na elaboração das perguntas abertas.


Cia do Coaching: Trabalhamos juntos atendendo coachees individualmente e também coaching de equipe. Como foi essa empreitada?

Essa empreitada, como você chamou, foi desafiante e marcante na minha carreira como coach. Os coachees eram jovens e nos encontros tínhamos uma grande troca. Capitalizei os aprendizados: improvisação, confiança, experiência, questionamentos, enfim, foi um ano que ocupei todas as noites fazendo coaching, tanto individual como em equipe. Formamos uma time de coaches para atender o cliente no seu processo de mudança e que funcionou muito bem. Faziam parte da equipe a Inês Homem de Melo e o Claudio Pavanini, com quem retornei a trabalhar nesta nova fase.


Cia do Coaching: Você acabou de sair de uma grande empresa, um passo muito importante e planejado há tempos. Como está se sentindo nesta transição?

Muito feliz. Confesso que na primeira semana me senti desorganizada, sem aquela rotina de levantar, me arrumar, ir para o trabalho, trabalhar, trabalhar. Na segunda semana fiz um curso intensivo que não faria se não tivesse redirecionado minha carreira, conforme planejado. Na terceira semana, comecei a ter rotina. E agora já me adaptei às mudanças.


Cia do Coaching: Temos uma colega e amiga comum, a Fátima Motta, que nos falou bastante sobre as perdas simbólicas, a empresa como sobrenome, as relações que rompem repentinamente etc. Nesta sua transição, como se preparou para estas quebras de vínculos?.

Estava mais preocupada com a situação financeira que com a quebra de vínculos, as relações, a empresa como sobrenome etc. Entretanto, tenho notado em visitas de prospecção, o quanto foi importante ter trabalhado nessas empresas, são ótimos cartões de apresentação.


Cia do Coaching: Gostaria de voltar ao Budismo Tibetano, a partir do curso que você fez na Califórnia, quais foram os desdobramentos?

Fiz outros cursos no Brasil como contei anteriormente, com supervisão da equipe americana. Continuo lendo alguns livros sobre o assunto, praticando Kum Nye, que é uma yoga tibetana, e meditando diariamente.
Em março de 2010 organizarei com outras pessoas da minha formação, a vinda do Professor Arnaud Maitland para o Brasil para dois seminários: Questioning mind e Training mind for time.


Cia do Coaching: Você foi uma das coaches do curso que continuou, após o Coach de Coaches, a fazer coaching com supervisão. Você continua fazendo? Qual é a relevância da supervisão?

Gosto tanto de coaching que não quero parar. Comecei com você, quando você estava terminando o ICI, depois como coach de coach e mais tarde, mais como manutenção do que como supervisão. Não estou fazendo coaching nem supervisão agora, a não ser com o grupo de estudos porque meus dois coaches acabaram virando parceiros de profissão e grandes amigos, mas, acho muito importante a supervisão para te dar um norte em alguns casos difíceis que pedem uma discussão mais aprofundada.


Cia do Coaching: Quais são seus planos para 2010?

Em 2010 terminarei o SBDG (Sociedade brasileira de dinâmica dos grupos), me prepararei para a certificação internacional ICF – International Coaching Federation e abrirei o meu escritório.


Cia do Coaching: Como foi o ano de 2009 para você?

Foi excelente. Viajei várias vezes com a minha família e sozinha para a Califórnia, estudei bastante, entreguei os projetos de integração na empresa onde trabalhei, fiz dois cursos TSW, fiz coaching com a equipe no banco, mudei de carreira em novembro, atendi vários clientes PF, voltei à prática do coaching de equipe com você (Claudio Pavanini), na ONG CDI, e agora, no NEF – Núcleo de Estudos Fiscais.


Cia do Coaching: Em relação a resultados como você percebe isso nas suas sessões de coaching?

Não é muito fácil medir, embora tenhamos estabelecido o resultado a atingir logo no início. Percebo que o resultado é bom quando o cliente se mobiliza e cumpre o plano de ação. É gratificante quando isso acontece.


Cia do Coaching: Que tipos de questão seus coachees teem trazido?

Apareceram muitas questões sobre carreira, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, caso de auto confiança e falta de visão de futuro.


Cia do Coaching: Neste blog, que é aberto, existiria alguma preocupação, alguma questão, enfim, algo que você gostaria de chamar atenção, para este universo de coaches, coachees, potentials, processo de coaching, formações? Esta é a pergunta mais contante neste Blog.

O que tem chamado a minha atenção é a quantidade de coaches que estão se formando agora. Receio pela banalização. Priorizo a qualidade, o profissionalismo e o compromisso com a escolha que fiz. Como a questão do processo de coaching está num caminho de crescimento, talvez a Certificação seja uma solução boa para a qualificação e para a aplicação da melhores práticas.


Cia do Coaching: Outra questão clássica aqui do blog Companhia do Coaching. O que anda lendo, estudando, discutindo, assistindo, para o seu desenvolvimento contínuo? Gostaria de recomendar algo considera para os interessados na causa Coaching?

Li o Silêncio de Andrea Bomfim Perdigão, Fora de Série de Malcon Gladwell, Qual é a sua obra? de Mario Sérgio Cortela, Como integrar liderança e espiritualidade de Jair Moggi, Tríade do tempo de Christian Barbosa, O líder do Futuro de Arthur Diniz e Comer, Rezar e Amar de Elizabeth Gilbert. Mas não atingi minha meta que é ler pelo menos um livro por mês.
O curso na SBDG, o grupo de estudos e o Skillful Means teem mantido meu desenvolvimento continuo.
A minha recomendação aos interessados na causa Coaching é que tenham um grupo de estudos para a troca de experiências e possam aprofundar-se em assuntos de interesse comum.


Cia do Coaching: O Blog Companhia do Coaching agradece a sua entrevista.

Quem agradece sou eu pela oportinidade de participar no Blog da Companhia do Coaching
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