Monday, April 27, 2015

Retornando as postagens normais

Volto a publicar neste blog brevemente. Explicarei a ausencia o mais rapidamente possivel

Monday, October 18, 2010

Companhia do Coaching entrevista com Mário Vieira - ONG CDI

Cia do Coaching: Seja bem vindo Mário Vieira. O blog Companhia do Coaching recebe com grande satisfação o amigo e profissional experiente no terceiro setor, executivo responsável pelo CDI São Paulo (ONG para inclusão digital), que nos acolheu tão bem no trabalho de Coaching de Equipe que fizemos com todos os colaboradores dessa unidade. Nossa equipe fica agradecida pela oportunidade e aprendizado neste período.
Como já é um hábito neste blog, convido-o a apresentar-se da sua forma.


Bem, sou Mário Vieira, engenheiro civil de formação, com pós graduação em Administração de Empresas e que por 18 anos trabalhei com construção pesada (obras de contenção em estradas, fundações, barragens, túneis, metrô etc.). Em um momento de vida especial, decidi que era hora de parar e pensar o que eu poderia fazer profissionalmente para ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor para todos. O plano inicial era de um ano sabático, porém em cinco meses, eu estava como voluntário no CDI e já se vão mais de sete anos como profissional do 3º. Setor.

Cia do Coaching: Poderia resumidamente contar um pouco sobre a atuação do CDI e o seu papel (eis)?

O CDI é uma ONG com 15 anos de experiência na inclusão social através da Inclusão digital. Nosso objetivo maior é formar ou fazer “desabrochar” nas pessoas o papel de Agentes de Transformação que, por meio do uso das Tecnologias, podem mudar para melhor suas vidas, dos seus familiares, das suas comunidades, enfim, fazer um mundo melhor. Já respondi pela Diretoria de Operações e atualmente respondo pela Diretoria Administrativo-Financeira, Projetos Especiais e ainda acumulo, provisoriamente, a Coordenação da Regional SP


Cia do Coaching: Sei também que você é adepto das redes sociais, fale um pouco para nós sobre sua visão e, fique livre para divulgar aqui.

Rede Sociais, este é um fenômeno que veio para ficar. É uma nova maneira das pessoas se relacionarem por meio de ferramentas tecnológicas e que possibilita, de uma maneira fácil e amigável, manter contatos quase que instantâneos com diversas pessoas, muitas das quais você nem conhece pessoalmente ou dificilmente as encontra. Uma vez que o CDI usa Tecnologia para transformar vidas, não poderíamos ficar fora delas. O que mais me encanta nessas novas tecnologias é o poder de sedução e o alcance que elas têm. Quando bem usadas, podem trazer informação e conhecimento a muitas pessoas. Entre as mais conhecidas, minha preferida é o microblog Twitter. Faço o uso profissional da ferramenta e sigo e sou seguido por pessoas que compartem o mesmo ideal. Isso ajuda muito, pois sempre existe a troca de informações importantes, sites relevantes, opiniões a serem consideradas etc. À medida que novos aparelhos vão sendo criados, a leitura vai ficando cada vez mais fácil e mais interativa.

Cia do Coaching: Mário Vieira, no projeto que desenvolvemos, fizemos uma Oficina de Competências e Valores, seguimos com dez encontros para o processo de Coaching de Equipe com três grupos. Fizemos também uma Oficina de Encerramento dos encontros. Quais foram os resultados que você reconheceu na sua equipe que passou pelo processo de Coaching?

A experiência do coaching de equipe foi fantástica. Primeiro por que nem eu nem a equipe sabíamos aonde chegaríamos, mas que era preciso caminhar. Segundo por que faltava um trabalho mais pessoal com a equipe. O 3º. Setor moderno muitas vezes exige o desempenho empresarial, mas com recursos escassos que são obtidos. Isso faz com que muitas vezes alguns cuidados com a equipe sejam deixados de lado em detrimento do objetivo maior. Hoje, passados alguns meses do término do trabalho, é muito comum nos referenciarmos a discussões que tivemos nos grupos, quando algum ponto precisa ser retomado. É um processo que se iniciou que, espero, continue, pois a prática leva a perfeição. A forma de trabalho utilizada pela equipe da Cia do Coaching criou um vínculo forte. Foram muitos encontros e todos produtivos: tenho certeza que todos que participaram levaram consigo algo inspirador tanto profissional como pessoal em cada uma das reuniões.

Cia do Coaching: Quais as sugestões que você tem que poderiam ser agregadas ao processo de Coaching de Equipe para torná-lo mais eficaz?

O processo é muito rico. Talvez a separação dos grupos por níveis de cargo/hierárquico facilitaria algumas discussões. Por outro lado, trazer visões bem diferentes de colaboradores dos outros níveis foi de grande valia. Há que se mesclar essa construção em função da atividade a ser desenvolvida.

Cia do Coaching: Como você pretende manter os resultados obtidos no processo de Coaching de Equipe?

No final do processo construímos um plano de ação e é com ele que pretendemos manter os ganhos conquistados, tudo isso alinhado aos planejamentos estratégico e operacional da nossa organização.

Cia do Coaching: Como foi ser participante de um dos grupos, sendo o principal executivo da unidade de São Paulo do CDI?

Foi um desafio grande. Muitas vezes queria interferir, pois achava que tinha a solução para a questão (o que, obviamente, nem sempre era verdade). Outras vezes procurava manter reservadas minhas opiniões, mas o grupo se posicionava de maneira a ouvir o que eu achava. Enfim, foi um ótimo exercício. Sempre procurava alinhar com a equipe da Cia do Coaching, para evitar excessos e omissões.


Cia do Coaching: Agora estamos fazendo coaching individual com alguns líderes. O que você espera como resultado? Que pontos relevantes você imagina/espera que possam ser abordados nesses processos?

Agora entram as questões de fundo de cada um dos colaboradores. Muitos ainda estão descobrindo aonde um trabalho como esse pode apoiá-los no curto, médio e longo prazo, sob o ponto de vista profissional. Acredito que ajudar a enxergar o futuro de uma carreira no 3º. Setor, com seus ganhos, contribuições e as dificuldades a serem enfrentadas pode ser o objetivo maior. Eu mesmo estou me dedicando a isto, com o coaching individual.

Cia do Coaching: O que você recomendaria para outras organizações do terceiro setor que quisessem planejar uma abordagem de desenvolvimento de equipes?

Particularmente acredito que o 3º. Setor moderno precisa se apropriar das (boas) técnicas utilizadas pelas empresas e o coaching de equipe se mostra como uma ferramenta bastante útil e de aplicação compatível com as atividades e a cultura da maioria dessas organizações.

Cia do Coaching: Quais seriam as principais competências a serem desenvolvidas por pessoas que atuam em ONG’s, onde nos parece que o foco está sempre mais voltado para fora, ou seja, para o atendimento da causa que “está fora”, do que para o atendimento das necessidades internas?

Em minha opinião, uma visão global do trabalho ajuda muito, pois muitas vezes uma visão particularizada impede a obtenção de resultados muito mais expressivos de atendimento à causa. Além disso, respeitar as diferenças é muito importante, mas mostrar possibilidades através de exemplos e de resultados concretos faz toda a diferença.


Cia do Coaching: Que recado ou comentário você teria para os coaches?

Mais que um recado, é uma recomendação: a dedicação de toda a equipe da Cia. do Coaching, em especial o Claudio Pavanini (voluntário do CDI de longa data), Inês Homem de Melo e Zilá Arruda Agriel, todos como voluntários, somada às competências e experiências profissionais de cada um, os credencia a desenvolver este trabalho em organizações sociais e em grandes empresas onde o desenvolvimento da equipe for uma necessidade e uma vontade genuína. Eu pessoalmente e o CDI só temos que agradecer pelas horas dedicadas e o trabalho realizado. Muito obrigado!


Cia do Coaching: Mário Vieira, obrigado pelo seu tempo dedicado ao blog.
Claudio Pavanini, Inês Homem de Melo e Zilá Arruda Agriel.

Saturday, September 4, 2010

Coaching em grupo: projetos combinando sessões em grupo e coaching individual são mais acessíveis financeiramente e maximizam os resultados.

Patricia Bueno - Coach

A demanda que recebi não era de um trabalho de coaching. O desafio da Diretoria da empresa cliente, na visão de seus principais sócios, era desenvolver um novo comportamento. O mercado estava mais competitivo e eles precisavam crescer. Para isso, a Diretoria precisava ser mais proativa e demonstrar maior senso de oportunidade, posicionando-se com mais agressividade comercial junto aos atuais e potenciais clientes.

“Precisamos de um treinamento sobre Proatividade”, disse um dos principais executivos da empresa que também era acionista. Talvez o pedido não chegasse assim se viesse de RH, mas foi assim que aquele empresário o expressou.

Conversamos com os demais sócios para aprofundar o entendimento sobre a situação. O diagnóstico não estava muito claro, cada sócio tinha uma opinião particular sobre a cultura de trabalho, os processos que contribuíam ou dificultavam a tal proatividade, o perfil da Diretoria, mas havia certo consenso em relação à demanda:

“Os Diretores precisam se mexer mais, não dá mais para a gente ficar esperando os clientes baterem a nossa porta. A gente fala, fala, mas nada acontece.”

A Diretoria era composta de profissionais bem formados, um misto de gente muito experiente no setor, com bastante tempo de casa, e outros mais jovens, porém talentosos.

A proposta de trabalho que apresentamos não era de um curso sobre proatividade, não havia um conteúdo específico, técnicas ou conceitos a serem apresentados. O trabalho se resumia a uma série de reuniões quinzenais de 2,5 horas com todo grupo e algumas reunioes individuais com os Diretores ao longo de um período de 6 meses.

Mas o que especificamente vocês vão fazer com eles?” Perguntou o sócio-presidente.

 A resposta seria simples, apenas conversar, mas foram necessárias duas reuniões para conversarmos com os patrocinadores do processo sobre “como” seria este conversar.

A conversa aconteceu e o projeto foi aprovado. Firmamos então o compromisso de promover um espaço seguro para a reflexão sobre as questões desafiadoras identificadas pelos sócios: maior proatividade, senso de oportunidade para gerar negócios, desejo de crescimento da empresa, competitividade crescente no mercado. Espaço seguro de reflexão implica em acordo irrestrito de confidencialidade e neutralidade por parte do coach.  

O que aquele grupo entendia quando era cobrado por maior proatividade? Como compreendiam os diversos sinais da empresa? O que pensavam sobre seu papel? Quais das exigências verbalizadas estavam em sintonia com suas aspirações? O que poderiam construir juntos, sem esforço, aproveitando o fluxo da própria motivação?

Vender um projeto de coaching em grupo é sempre um desafio, pois é natural que o cliente espere algum tipo de garantia que a “medicação” a ser ministrada, elimine o sintoma indesejável. O nível de investimento é alto e ainda há muita dificuldade em mensurar resultados. Avaliar o resultado de processos de coaching em grupo também não é tarefa fácil, mas podemos partir de indicadores estabelecidos pelo próprio grupo alinhados aos anseios dos patrocinadores, o que favorece o compromisso e acompanhamento dos resultados.

Minha experiência com coaching de executivos me permitiu observar que, muitas vezes, o que falta não é a técnica ou a habilidade. O cotidiano, isto é, a rotina de trabalho no mundo corporativo é pesada e acaba restringindo o tempo para reflexão. Sem o espaço para reflexão, não surge a possibilidade para o “dar-se conta” sobre o que está funcionando e o que precisa ser melhorado, dificultando a ação criativa e o exercício da própria aprendizagem.

O Coaching em grupo é um processo de desenvolvimento que estimula aprendizagem coletiva através deste espaço de reflexão: a reflexão em grupo acelera o processo de desenvolvimento individual e aquele participante que individualmente dá o primeiro salto, também contribui para a evolução do grupo.

Obter bons resultados com grupos também depende da sensibilidade e flexibilidade do facilitador. É importante que o coach de grupos planeje suas sessões e tenha uma proposta de trabalho alinhada ao momento do grupo e objetivos, mas nunca pode ficar preso a esta agenda. O trabalho do coach é seguir o movimento o grupo: o coach vai desenhando o processo à medida que o grupo avança:

  •   propõe estímulos à reflexão de maneira leve e criativa,

  • distingue e evidencia outras questões que emergem mantendo o foco do trabalho,

 busca o envolvimento de todos equilibrando as oportunidades para a contribuição dos participantes,
  • apóia o compartilhamento de experiências e idéias, conectando-as quando possível

sempre incentiva a experimentação e, quando apropriado, a criação de projetos conjuntos.

O trabalho em grupo possibilita ao coach uma visão sistêmica, permite a percepção das dinâmicas defensivas do próprio grupo. A dinâmica de relações se reproduzem nas sessões em grupo, favorecendo que os participantes percebam como atuam para reforçar o que não gostam, os impactos de suas ações e não ações, como influenciam o entorno, suas equipes, lideres, clientes e parceiros.

Mas como nem todas as questões emergem em trabalhos em grupo, é importante também que haja algum outro espaço para um apoio individual. Por esta razão, a combinação de sessões em grupo com sessões individuais tem sido recomendada. Em projetos desta natureza, o foco das sessões individuais deve estar, no entanto, sempre ligado aos temais centrais do coaching em grupo.

Voltando ao caso do cliente que buscava maior proatividade, o resultado alcançado surpreendeu a todos: os Diretores tornaram-se mais confiantes, o grupo passou a se articular melhor, ficaram mais atentos às oportunidades de mercado, mais convincentes ao propor novas abordagens e projetos, os negócios começaram a crescer, as metas foram superadas, acionistas e colaboradores ganharam maiores rendimentos, um Diretor, inclusive, deu-se conta de seu enorme potencial para buscar novos negócios e foi proativo: tomou a decisão de montar seu próprio negócio!

Sunday, August 29, 2010

Quais perguntas você faria a candidatos?

Estamos em plena campanha, alguns se horrorizam, outros divertem-se. Alguns candidatos têm uma biografia, digamos, com possibilidades limitadas (e não vou dar nomes) para não configurar um preconceito. Vamos no genérico mesmo. Hipotetizando... como coaches, que perguntas e que resgates ou projeções conduziriam caso questão apresentada fosse Quero ser eleito!
Abs Claudio Pavanini

Wednesday, July 7, 2010

Acontece

HUB - ESCOLA DE INVERNO - de 12 de Julho 2010 a 1o de Agosto de 2010
A Escola de Inverno 2010 é um festival de aprendizado para pessoas que desejam mudar o mundo onde vivem.
Os temas:
Desenvolvimento Pessoal
Sustentabilidade
Gestão de Projetos e Negócios
Criação de Comunidade
Cidadania

Horas: Moeda Criativa
Durante a Escola de Inverno, a "moeda" em circulação é chamada Horas. Horas de aprendizado, Horas de conhecimento, Horas que você investe em você! Todas as atividades descritas na Programação tem um custo em Horas, indicado na descrição da mesma. Algumas atividades são gratuitas (e assim são indicadas) e outras são pagas (em Reais). Ao comprar Horas, você pode investi-las em qualquer atividade na Escola de Inverno. Mas atenção, essas Horas não são reembolsáveis ao final da Escola.

Onde comprar Horas?
Hub São Paulo (clique para ver no mapa), - Rua Bela Cintra 409, Consolação (perto do metrô Paulista/Linha Amarela ou Consolação/Linha Verde), de segunda a sexta-feira, entre 9h e 20h. Com a equipe de coordenação ou com a equipe de hosts do Hub
Café Ekoa (clique para ver no mapa) - Rua Fradique Coutinho 914 - Vila Madalena, 2a e 3a-feira - 10:00 - 20:00, 4a à 6a-feira - 10:00 - 22:00 e sábados 9:00-21:00. APENAS com o Henrique Bussacos ou a Marisa Bussacos

As Horas são vendidas em "pacotes pré-pagos", em valores bem acessíveis. Clique aqui para saber os preços.
Importante: aceitamos apenas pagamentos em dinheiro ou cheque

As Horas podem também ser adquiridas no mesmo dia das atividades. Entretanto, garanta seu lugar de antemão e compre com antecedência.

Programação:

1o. Encontro do Learning Team - Equipe de aprendizado e multiplicadores do conhecimento - 12 julho 2010 de 16:00 a 19:00 – The Hub São Paulo

 


Networking de Abertura da Escola de Inverno - 12 julho 2010 de 19:00 a 22:00 – The Hub São Paulo

 


Oficina-jogo Negócio Sustentável -13 julho 2010 de 14:00 a 18:00 – The Hub São Paulo

 


Reflexões consensuais sobre a Realização Pessoal em nossa cultura -13 julho 2010 de 19:00 a 21:00 – The Hub São Paulo

 

Complexidade, obstáculo ou oportunidade? Metadesign -14 julho 2010 de 10:00 a 17:00 – The Hub São Paulo

 


Jogo do Herói - 14 julho 2010 de 13:30 a 17:00 – The Hub São Paulo

 

Fotografia com os Olhos: um novo olhar sobre a sustentabilidade em nosso dia-a-dia -14 julho 2010 de 17:00 a 21:00 – The Hub São Paulo e adjacências 

 

Criatividade e Inovação -15 julho 2010 de 9:00 a 13:00 – The Hub São Paulo

 

Open Innovation Revolution -15 julho 2010 de 14:30 a 17:00 – The Hub São Paulo

 

Fotografia com os Olhos: um novo olhar sobre a sustentabilidade em nosso dia-a-dia - 15 julho 2010 de 17:00 a 21:00 – The Hub São Paulo e adjacências

 

Jogo do Herói (com adolescentes e adultos) -15 julho 2010 de 18:30 a 22:00 – The Hub São Paulo

 

1o. Encontro do Learning Team - Equipe de aprendizado e multiplicadores do conhecimento - 12 julho 2010 de 16:00 a 19:00 – The Hub São Paulo

 

Banco Comunitário União Sampaio e possibilidades de interação - 16 julho 2010 de 16:00 a 21:00 – The Hub-SP

 

Piano Concert: John Kameel Farah -16 julh o 2010 de 21:00 a 23:00 – The Hub São Paulo

Direto ao Ponto: os desafios da sustentabilidade numa megalópole -17 julho 2010 de 9:30 a 17:30 – The Hub São Paulo (local de saída e chegada)

 

Expressão de Potenciais: uma maneira prazerosa de associar auto-realização ao desenvolvimento de meu negócio - 17 julho 2010 de 10:00 a 13:00 – HUB

 

Aiki Biking for Peace -18 julho 2010 de 8:30 a 12:30 – Praça do Ciclista, Dojo Harmonia e outros

 

Direto ao Ponto: os desafios da sustentabilidade numa megalópole -17 julho 2010 de 9:30 a 17:30 – The Hub São Paulo (local de saída e chegada)

 

Expressão de Potenciais: uma maneira prazerosa de associar auto-realização ao desenvolvimento de meu negócio -17 julho 2010 de 10:00 a 13:00 – HUB

 

Aiki Biking for Peace -18 julho 2010 de 8:30 a 12:30 – Praça do Ciclista, Dojo Harmonia e outros

 

Webcidadania- 19 julho 2010 de 9:30 a 12:30 – The Hub - São Paulo

 

Start-Up Lab 2010 -19 julho 2010 de 19:30 a 22:30 – The Hub São Paulo

 

Reciclando, reutilizando e criando idéias - 20 julho 2010 de 13:30 a 17:30 – The Hub São Paulo

 

Conversações Cibernéticas -20 julho 2010 de 19:00 a 22:00 – The Hub São Paulo

 

Facilitação Gráfica -21 julho 2010 de 9:00 a 16:30 – The Hub São Paulo

 

Dinâmica Espiral - Como a evolução acontece através dos valores e da consciência? -21 julho 2010 de 19:00 a 22:00 – The Hub São Paulo

 

Conhecendo as classes CDE: uma análise sob o prisma do consumo - 22 julho 2010 de 14:00 a 16:00 – The Hub São Paulo

 

Empreender - necessidade ou vocação? -22 julho 2010 de 17:00 a 19:00 – The Hub São Paulo

 

Diálogo e lançamento do livro "Invenções Democráticas" (Helena Singer e Marcelo Gomes Justo) -22 julho 2010 de 17:00 a 19:00 – The Hub-SP

 

Participação social na esfera pública: situação e desafios - 24 julho 2010 de 9:00 a 13:00 – The Hub São Paulo

 

Coaching Lab -24 julho 2010 de 10:00 a 18:00 – The Hub São Paulo

 

Cidade Invisível - 24 julho 2010 de 14:00 a 17:00 – The Hub São Paulo e adjacências

 

Educação Emocional Financeira - 24 julho 2010 de 14:00 a 17:00 – The Hub São Paulo

 

Navegando por incertezas - 26 julho 2010 de 14:00 a 16:00 – The Hub São Paulo

 

 


 


 


 


 

 


 


 

 


 

 


 

 

 

 

 


 


 

 

 


 

 


 

 


 


 


 


 


 

 


 


 

Friday, April 16, 2010

Ouvir, Entender e Falar

Pensamos que ouvimos, pensamos que entendemos, pensamos que falamos, mas será mesmo?
Quantas vezes estamos em uma reunião com várias pessoas, cada uma falando de um assunto, cada uma falando de um tema. Maria pergunta uma coisa, João responde de um jeito, Pedro responde de outro. José acha que entendeu – pela introdução - o que Carlos vai falar, nem espera ele terminar sua explicação e já diz que não concorda. Após 5 minutos que o assunto encerrou, alguém pergunta sobre o que foi discutido como se fosse a primeira vez que se tocasse no assunto.
Onde estavam suas mentes? O que cada um entendeu do que foi dito? Como vão conduzir o dia a dia se não entendem o que se passou ali entre todos?
A confusão não ocorre somente quando estamos em uma sala com várias pessoas. Também por exemplo, quando estamos frente a frente com alguém que está dando seus preciosos 5 minutos para nos atender, porém pensando na próxima reunião que deve comparecer, na pilha de e-mails para responder, nas novas atividades que o gestor acabou de definir. Quando efetivamente esta pessoa parou para pensar, para analisar, para ouvir? Como teremos decisões corretas com atenção deficitária?
O que está se passando na cabeça destas pessoas?
Nossa mente possui muitos vícios e truques, um deles é querer pular rapidamente para as conclusões para seguir para o passo seguinte. Outro hábito é deduzir com base naquilo que já lhe aconteceu o que vai acontecer a seguir, no fundo estamos todos achando que tudo é igual, que tudo é uma repetição do passado. Com certeza muita coisa é repetição e afinal a experiência nos ajuda a avançar, contudo ela é base para evoluir, não para estagnar.
Pensamos muito mais rápido do que o outro consegue falar e como usamos o tempo extra? Para entender aquilo que estamos ouvindo ou para elaborar as respostas àquilo que não concordamos, deixando de ouvir? Nosso pensar está ancorado nas nossas experiências, educação, família, religião, grupo social, sendo que cada pessoa possui suas próprias referências e se assumimos que são as mesmas dos outros é bem provável que tenhamos problemas de comunicação com o entendimento, com o significado.
O que vemos e ouvimos está mais relacionado com o que buscamos e prestamos atenção. Não vemos aquilo que não buscamos e não ouvimos aquilo que não prestamos atenção.
Vamos ver alguns pontos da teoria sobre percepção para nos ajudar a entender este processo. Conforme Paul Robbins “Percepção pode ser definida como um mecanismo pelo qual indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais a fim de dar sentido ao seu ambiente. Entretanto o que alguém percebe pode ser substancialmente diferente da realidade objetiva e a interpretação é fortemente influenciada pelas características pessoais do individuo que o percebe“. As características pessoais que mais fortemente influenciam a percepção são: as motivações, os interesses, as experiências passadas e as expectativas.
Sabe-se que instintivamente usamos muitos atalhos no processo de ouvir, ou seja, técnicas individuais para facilitar o trabalho de perceber e interpretar os outros. Entre elas encontramos:
Percepção Seletiva: Qualquer característica que faça uma pessoa, objeto ou evento sobressair, porque é impossível assimilarmos tudo que vemos; captamos apenas certos estímulos. Como não podemos captar tudo que vemos, pegamos uns pedacinhos aqui, outros ali, porém estes pedacinhos são escolhidos de acordo com nossos interesses, formação, experiência e atitudes. Desta forma podemos tirar conclusões não-garantidas de uma situação ambígua.
Efeito de Halo: Impressão geral sobre um indivíduo com base em uma única característica, propagação de uma virtude ou defeito sobre o julgamento geral da pessoa.
Efeito de Contraste: Não avaliamos uma pessoa isoladamente, estamos sempre fazendo comparações. Ex. fazer uma apresentação, depois de outra muito boa ou muito ruim, irá alterar a forma como a sua será vista. Se uma pessoa fala com entusiasmo tenderemos a olhar a informação dela com mais atenção do que outra pessoa falando mais serenamente.
Projeção: Julgar os outros presumindo que eles são como nós. Tendência de atribuir as próprias características a outras pessoas. Neste caso tendemos a achar que as pessoas são mais homogêneas do que elas realmente são.
Estereótipo: Julgar pessoas com base no grupo ao qual esta pessoa pertence. Expandir pré-conceitos (bons ou ruins) do grupo social, ético, cultural, comportamental, minorias...

Rafael Echeverria diz “não sabemos as coisas como as coisas são, somente sabemos como observamos ou como interpretamos. Vivemos num mundo interpretativo. Distintas emoções predispõe as pessoas a observar certos eventos e não outros, distintas competências fazem algumas pessoas observarem fatos que outros não são capazes de observar. O mundo que uma pessoa vê a sua frente é somente o mundo que observa e cada individuo é um observador diferente que observa mundos distintos. Não existe um só mundo, mas tantos quantos são os observadores. A forma como atuamos no mundo depende do observador particular que somos”.
A técnica de parafrasear, ou seja, após ouvirmos atentamente até o final o que foi dito, repetirmos com nossas palavras para confirmar a compreensão, ajuda a própria pessoa a perceber a multiplicidade de significados que podem ter suas palavras e realizar as correções necessárias.
Uma escuta efetiva significa ouvir o que o outro diz e o que ele não diz, observar seus gestos, tom de voz, expressão corporal, pausas, olhar. Significa perceber a coerência entre o que a boca fala e o que o corpo fala. Importante dar um tempo após o outro ter terminado de falar para que ele próprio ouça suas palavras. Quando estamos ouvindo precisamos cuidar para não ficarmos preparando a resposta e deixar de ouvir. Ouvir também com o coração e com a intuição, perceber as emoções que estão surgindo em si mesmo e saber separar o que é seu e o que é do outro.
Se tratarmos o ouvir e compreender, precisamos também cuidar do falar. Marshall B. Rosenberg ensina no seu livro “Comunicação Não Violenta”, que nossas palavras são reações repetitivas e automáticas e deveriam tornar-se respostas conscientes baseadas no que estamos percebendo, sentindo e desejando. Sua técnica ajuda a sair de uma postura de crítica para uma situação de necessidades.
O método ensinado por Marshall consiste em 4 passos : primeiramente observamos o que de fato está acontecendo em uma situação e que está afetando nosso bem estar ou trabalho; em seguida identificamos como nos sentimos ao observar aquela ação; o terceiro passo é reconhecer quais de nossas necessidades estão ligadas ao sentimentos que identificamos e o último componente do processo é efetuar um pedido específico e concreto. Desta forma estamos expressando e escutando as pessoas com mais consciência, nos conectando melhor uns aos outros, com mais respeito e empatia.
Sempre é bom ressaltar que cada pessoa tem uma experiência que conduz para aquilo que é o seu certo, a experiência de outra pessoa leva para o que é o certo dela. Pratique de falar de si, do que pensa, da sua experiência, não condicionando que ela é a única, lembrando que existem vários ângulos sobre um mesmo assunto. Acima de tudo, como diz Krishnamurti, lembrar sempre de falar o que é verdadeiro, amável e útil.

Fatima Patz
Companhia do Coaching
fatima.patz@uol.com.br

Bibliografia
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005
ROSEMBERG, Marsall B. Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoas e profissionais. São Paulo: Àgora, 2006
Goulston, Mark. Just Listen. New York: Amacom, 2010
Echeverria, Rafael. Ontologia del Language. Chile: J.C.Saez Editor, 2005