Monday, April 6, 2009

Entrevista com Wilson Trevisan

Cia do Coaching: Wilson, como você gostaria de ser apresentado nesta entrevista?
Coach, consultor e empreendedor.
Consultor especializado em Liderança, Empreendedorismo e Desenvolvimento de Equipes; Coach certificado pelo Integrated Coaching Institute (ICI); Empreendedor serial e empresário nos últimos 20 anos; Formação em Dinâmica de Grupo pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos (SBDG); Administrador de Empresas e Analista de Sistemas. Ocupou vários cargos de destaque, na indústria de TI; Palestrante e especialista em Empreendedorismo, em 2002 fundou o Clube do Empreendedor e é seu presidente desde então. (www.clubedoempreendedor.com.br)

Cia do Coaching: Wilson, você se preparou e continua neste desenvolvimento contínuo do Coaching. O que anda fazendo além de coaching?
Além dos atendimentos de coaching, venho atuando em outplacement como consultor associado na DBM, em alguns projetos como facilitador nas áreas de estratégia e empreendedorismo. Mantenho também a coordenação dos grupos do Clube do Empreendedor.

Cia do Coaching: É importante ter formações em coaching diversificadas?
Acredito que uma metodologia só não seja suficiente quando estamos lidando com desenvolvimento através do coaching. Numa mesma sessão podemos nos deparar com várias demandas e quanto mais “repertório”, tanto melhor será a nossa entrega.

Cia do Coaching: Os seus clientes de coaching te procuram pela sua vasta experiência em empreendendorismo?
Acredito que o fato de ter sido executivo e empresário tantos anos me ajude em situações em que o cliente busca um interlocutor que fale a mesma língua: Negócios. Empresários e altos executivos são muitos resistentes ainda, aos processos de autoconhecimento e desenvolvimento humano, na forma como é difundido. Falar com alguém sobre as próprias questões num contexto de negócios os deixa mais confortáveis.

Cia do Coaching: Existem alguma característica ou comportamento que seja essencial para os empreendedores que têm idéias uma atrás da outra?
A necessidade de mudar e o inconformismo com as questões que os rodeiam, são características sempre presentes em empreendedores seriais. A inquietação e a postura de questionar (por vezes, irritante) quase tudo são traços importantes neste grupo.

Cia do Coaching: Quais outras questões seus clientes têm apresentado? Algum tema comum?
Uma questão recorrente é a “solidão do poder”. De longe, a maior dificuldade do líder é o processo de tomada de decisão. Nestes momentos eles estão absolutamente sós. E grande parte das vezes algumas decisões podem mudar rumos de vida de muita gente, o impacto disto é enorme e nesta hora é exigido dele firmeza e agilidade. Outra questão muito presente é a gestão de pessoas, um desafio para eles.

Cia do Coaching: Resultados e métricas. Como você vem resolvendo/contratando esta questão com seus clientes individuais ou empresas?
Saber que outros têm a mesma questão ajuda muito neste processo. Na prática, é o que muitos grupos de auto ajuda fazem. Aliás, foi pensando nisso que em 2002, fundei o Clube do Empreendedor, que nada mais é que criar oportunidades para que empresários se reúnam em pequenos grupos para discutir questões como esta.

Cia do Coaching: Metolodogicamente falando... qual é o seu mix?
Para este perfil de empresário e alto executivo, acho interessante a abordagem do ICI. Mas mesmo para eles é necessário utilizar recursos mais abrangentes e aí acredito que a formação do Instituto EcoSocial é mais completa. Não conheço muito da PNL ainda, mas acredito que também possa contribuir.

Cia do Coaching: Estamos em tempos ´bicudos´ utimamente, existem correntes que dizem ser esta uma oportunidade para o coaching, outros já me disseram que a questão do preço tem mudado. De que forma você pode contribuir? Lembro-me de uma fala sua "você tem que entender a necessidade do cliente, a preocupação que o aflige", e aqui acrescento... o que o contexto econômico está exigindo.
Acho importante nestes momentos apurar nossa capacidade de “leitura” tanto do mercado quanto de nossos clientes. Neste sentido, temos que exercitar sempre nossa capacidade de “vender”, e para isso uma competência fundamental é a escuta ativa. Acredito também que nestes momentos temos que prospectar oportunidades, sermos proativos e exercitar o networking. Ficar esperando o cliente ligar, ou se ocupar só com as vendas passivas pode ser fatal.

Cia do Coaching: Estamos num blog aberto, existe alguma questão, preocupação, enfim, algo que você gostaria de dividir com outros coaches?
Uma questão que me preocupa e deve preocupar vários colegas, é a quantidade enorme de formações que existem no mercado. Significa em outras palavras que, mensalmente, uma legião de novos coaches chega ao mercado. E a conseqüência disto pode ser a banalização da atividade. Neste sentido, fica evidente que cada um deve criar sua estratégia de desenvolvimento contínuo e buscar certificações e conteúdos que criem diferenciais que qualifiquem cada dia mais. Significa não parar de estudar.

Cia do Coaching: O que anda lendo, estudando, discutindo, assistindo para o seu desenvolvimento contínuo? Poderia recomendar algo que considera importante?
Estou neste momento tomando contato com o Budismo através dos livros do monge tibetano Tarthang Tulku e de seu discípulo Arnaud Maitland.
Há tempos tenho curiosidade no assunto e de alguma maneira (que não por acaso) acabei esbarrando em pessoas que conhecem bastante o assunto. É o Universo conspirando....

Cia do Coaching: O blog Companhia do Coaching agradece a sua entrevista.
Obrigado !!

4 comments:

Monica Dalge said...

Wilson,
Compartilho da sua preocupação em relação a quantidades de coaches que estão se formando e a consequente banalização da profissão. A saída para nós coaches é na minha opinião a atualização constante, a obtenção de uma certificação reconhecida aliado a um estilo pessoal bem definido.
abs,
Monica

Ines said...

Wilson,

Voce tem informacoes sobre resultados obtidos no processo de coaching? Como mensurar esses resultados?

Abs,

Ines

Anonymous said...

Tbém fiquei com gostinho de quero mais, sobre resultados.

Eduardo Bomfim said...

Caro Wilson, parabens pela entrevista.
Por que os executivos tem resistencia em autoconhecimento e gestao de pessoas?
Voce entende que os coaches com experiencia especifica ficam alinhadas somente aquele ramo com que conhecem mais, como no seu caso empreendedorismo?
abs